terça-feira, 4 de março de 2014

Imprevisto em Cartagena

Imprevisto em Cartagena


Era manhã quando Vitor e seus companheiros passaram pela revista da alfândega e seguiram para o hotel, antes, porém, foram ao consulado brasileiro e narraram toda a epopeia às autoridades diplomáticas. Os diplomatas ouviram o relato de Vitor, nada comentaram sobre o assunto, mas asseguraram que Josefina e o professor estariam em segurança.
─ Agora estamos sem problemas, vamos conhecer Cartagena, nos divertir, fazer compras e em quarenta e oito horas  voltaremos a navegar rumo ao Brasil, disse Vitor.
─ A ideia era brilhante, mas será que tudo aconteceria de acordo com o previsto? Até ali vinham enfrentando uma viagem repleta de aventuras; ilhas paradisíacas e encantadas que surgiam do nada. Lutas com quadrilhas internacionais, enfrentamento e morte de bandidos, e navios piratas de outra dimensão. Será que em Cartagena seria diferente? Só o tempo responderia.
Cartagena é uma das cidades mais bonitas da Colômbia. Possui uma arquitetura colonial com seus mais de quatrocentos e cinquenta anos; tem belas casas adornadas com azulejos centenários e lindas praças com cafés em estilo europeu, fortes e castelos centenários. Tem montanhas cobertas de palmeiras e uma paisagem deslumbrante. Cidade onde viveu o escritor Gabriel Garcia Márquez, prêmio Nobel de literatura. Realmente, uma cidade bela e histórica. As noites em Cartagena são bem-divertidas. Vitor e seus companheiros pretendiam aproveitar o máximo essas belezas.
No dia seguinte, no café da manhã Vitor recebeu a visita do escritor e sua filha. Naturalmente Vitor queria saber o que aconteceu. Josefina explicou que, conforme o entendimento tido com as autoridades colombianas ela poderia permanecer na cidade o tempo que desejasse. Ali desenvolveria suas pesquisas no Instituto Nacional de Ciências. Tudo autorizado pelo Ministério da Segurança. Antonio Herrera era um estrangeiro livre naquele país acolhedor e, demonstrava muita satisfação ao lado de sua querida filha e Vitor sentia-se confortado por ter proporcionado a liberdade ao casal ao libertá-los em Cuba.
Vitor comunicou que em companhia de González e Massumi iria até a área portuária para inspecionar a manutenção do veleiro. Queria retornar ao mar com segurança, pois a viagem seria longa até às águas territoriais brasileiras. Depois visitaria o centro histórico da cidade e logo à tarde estaria reunido com os demais para o almoço.
─ Eu e minha filha gostaríamos imensamente de acompanhá-los, disse o professor.
─ Será um prazer tê-los em nossa companhia, respondeu Vitor.
Em seguida o grupo se dividiu, ficando acertado que às primeiras horas da tarde, se encontrariam numa casa de chope. Vitor, Massumi e Gonzalez seguiram para a área portuária. Ao concluírem a vistoria voltaram ao centro da cidade e dirigiram-se ao local de encontro. Sentados a uma mesa se encontravam o professor e sua filha que aguardavam Sebastiam Garcia, Marina e Laura.
─ Vamos beber um chope bem gelado enquanto aguardamos os companheiros, adiantou Massumi.
Os outros concordaram e, numa boa conversa aguardavam a outra parte do grupo que chegaria a qualquer momento. No entanto foram abordados por dois policiais que solicitaram a identificação do grupo. Os brasileiros haviam deixado os documentos no hotel, mas logo se prontificaram a ir buscá-los na recepção do hotel. Os policiais argumentaram que não poderiam esperar, e que tudo seria resolvido no distrito policial para onde foram convidados a comparecer. Josefina e o pai também teriam que acompanhá-los. Vitor argumentou alguma coisa sobre um tratado que existe entre Brasil e Colômbia com relação a documentos, mas não lhe deram atenção. Os policiais se mostravam educados, mas determinados no que queriam, mas Vitor percebeu algo estranho no comportamento deles, a maneira de andar e conduzir a arma no coldre, cujo modelo não correspondia às tradicionais usadas por policiais da Colômbia, ele portavam revolveres ao invés de pistolas semi-automáticas.
Entraram na viatura policial que se afastou velozmente circulando por uma grande avenida por dez minutos. Ao se distanciarem do centro. Josefina chamou atenção dos policiais, pois conhecia bem a cidade, eles não lhe deram ouvido e Vitor concluiu que se tratava realmente de um sequestro. Josefina  insistiu com o policial pedindo-lhe uma explicação e ele lhe apontou uma arma dizendo para ficarem quietos. A moça sentindo que Vitor reagiria, fez sinal e ele recuou. Ela conhecia a cidade e a essa altura já sabia que um sequestro estava em curso. Numa região montanhosa o carro subia em alta velocidade, o grupo estava aflito, mas buscando a tranquilidade.
Um falso policial, mantinha a arma apontada para os passageiros. Vitor estudava os movimentos dos dois homens e num primeiro descuido, agiria rapidamente. Esse era seu plano. Olhou para González e Massumi e fez sinal com os olhos para redobrarem os cuidados. Desarmados Vitor e seus companheiros eram reféns de bandidos da mais alta periculosidade.
─ Deixe de apontar essa arma para nós, estamos desarmados, disse Vitor.
─ Cale a boca ou quebro-lhe os dentes com a coronha dessa arma, disse o homem mal-encarado.
Permaneceram em silêncio até que o homem parou o carro em frente a uma mansão e o portão se abriu. Ali mesmo os prisioneiros foram algemados e levados à presença de um  homem que foi direto ao que queria dizendo:
─ Sei quem são vocês, sei também que deram cobertura ao professor Antonio Herrera para que ele pudesse fugir de Cuba. Só por ajudar criminosos inimigos do estado já merecem morrer, mas serei benevolente com todos desde que o professor me informe o paradeiro do projeto de defesa que ele sabe o que é, e onde se encontra, e revele-me o código do sistema de defesa do governo cubano.         
─ Aviso aos senhores que não sou paciente.
─ Nada sei do projeto e dos códigos que você fala, pois eu era um simples funcionário do governo cubano e, nunca tive acesso a documentos sigilosos, adiantou o professor. O homem sorriu descaradamente e aproximando-se de Antonio esbofeteou-o com violência. Massumi acertou uma pernada no bandido, mas foi contido com uma coronhada na cabeça. Novamente o homem que parecia ser o chefe da quadrilha, dirigiu-se ao professor dizendo:
─ Senhor professorzinho de merda, vou dar-lhe alguns minutos para pensar no assunto, você sabe o que eu quero. Se não me passar às informações, vou matá-los um a um a cada dez minutos. O primeiro a ser executado será sua filha a senhorita Josefina, isso abrirá sua memória, disse o bandido, acariciando o rosto da moça.
─ Depois chegará  sua vez. Não tentem ganhar tempo, se forem bonzinhos pelo menos um eu deixo vivo para contar a história para os netinhos. Estamos entendidos? Sei que se comportarão bem porque vocês demonstraram inteligência ao tirarem do território cubano esse professor maluco, disse o homem.
Com tapas e empurrões foram colocados numa cela. Vitor procurava traçar um plano de ação.
─ Que faremos? Temos poucos minutos, disse Massumi.
─ Prestem atenção no que vou fazer, calmamente disse Josefina.
─ Tenham cuidado, eles são muito perigosos, advertiu Vitor.
─ Vai dar certo, confie em mim, respondeu a moça.
Um sujeito mal-encarado e armado com uma pistola guarnecia a porta da cela. A casa estava localizada entre as montanhas onde jamais alguém ouviria um grito ou mesmo um tiro. Josefina pediu ao bandido, água para beber. O sujeito maliciosamente disse que ela poderia beber, mas teria que ir com ele buscar a água. Ela aceitou, pois tinha um plano. Vitor percebeu e ficou observando, mas sem muita esperança de uma reação por parte de Josefina, que imaginava ser ela inexperiente nesse tipo de ação.
O indivíduo abriu a cela e com a arma na mão se afastou com Josefina que se mostrou provocante, mostrando seus volumosos seios e sorrindo para o homem. Minutos depois  ouviram pancadas surdas e depois um tiro e passos apressados no corredor. Era Josefina com a arma na mão direita e um rolo de chaves na outra que logo jogou para dentro da cela. A estranha e pacata professora havia matado dois homens e já estava de posse das chaves da cela, das algemas e de duas pistolas. A batalha sangrenta estava apenas começando e ela já havia mandado dois criminosos queimar no inferno, e com  certeza não seria o inferno de Dante Alighieri.
Vitor ficou a pensar em Josefina, a mulher frágil  que aparentava ser, mas que mostrava não ser tão dócil quanto parecia. As mulheres são maravilhosas, quando menos se espera elas nos surpreendem, pensava Vitor.
Josefina mostrava-se ágil como uma onça-pintada. Vitor abriu a cela e saiu com os companheiros, deixando o professor escondido no seu interior. Ele recebeu uma pistola e rapidamente afastou-se para a outra margem do largo corredor. Homens armados corriam pelos corredores e outros se escondiam atrás  de amplas colunas. Massumi e Gonzalez sabiam lutar corpo a corpo e aguardavam a aproximação de algum criminoso para tomar-lhe a arma.
Na outra ala do prédio ouviam-se passos apressados e homens falando alto, na porta principal dois homens surgiram e antes que disparassem suas armas, Vitor deu uma rajada de tiros e os dois caíram em pedaços. Vitor manteve-se deitado, e os outros rastejando procuraram se aproximar das armas caídas a poucos metros. Josefina rolando de um lado para o outro, disparava sua arma procurando acertar alvos no fim do corredor. A situação era tensa. Vitor e seus companheiros estavam em visível desvantagem, pois homens armados surgiam de todas as direções do prédio, a luta estava se mostrando extremamente sangrenta.
Vitor atirando deu cobertura e Massumi que se apossara de uma arma a fez rolar até Gonzalez que passou a atirar protegendo a porta da cela onde se encontrava Antonio, alvo que os bandidos queriam a todo custo. Josefina atirou na direção da outra ala surpreendendo dois homens que foram baleados, mas um terceiro conseguiu acertar González que caiu sangrando. O outro ganhou espaço e veio atirando, porém  sua munição acabou como também da arma de Josefina que se jogando sobre o homem, tirou-o de combate com um golpe de caratê e o fez ficar na linha de tiro de Vitor e ordenou:
─ Mãos na cabeça se levantar o corpo será mais um bandido a visitar o capeta. As balas ricocheteavam por todos os lados.
O homem reagiu e foi baleado entre os olhos pela segura pontaria de Vitor que estava alerta.
Vitor e seus companheiros procuravam a todo custo ganhar espaço e dominar a situação. González havia ficado na retaguarda como segurança de Antonio Herrera e, portanto seus companheiros não podiam se afastar.  Balas surgiam de todas as direções. Os companheiros recuaram e se posicionaram próximos à porta da cela, prontos para atirar em três direções. Vitor e Josefina haviam recolhido algumas armas e agora os quatro estavam bem-armados. Na parte externa da mansão já se ouviam disparos; era a polícia que acabara de chegar, e com seus homens dominava a parte exterior da casa, desarmando e algemando  alguns que ainda tentavam resistir.
O tiroteio cessou e Vitor percebeu que seu grupo e a polícia dominavam a luta. Muitos bandidos estavam fora de combate, feridos, desarmados ou mortos. Um reforço policial e ambulâncias já estavam a caminho, mas alguns homens continuavam tentando fugir escalando um muro de cinco metros, alvo fácil para Josefina e os policiais acertarem-lhes as pernas com balas de poderosas armas.
Vitor pediu a Josefina que assistisse Gonzalez que, mesmo baleado mantinha nas mãos, duas pistolas com carregadores cheios. Josefina, correndo chegou até o ferido, fez uma compressa sobre o ferimento e manteve-se a seu lado. O professor se mantinha deitado, mas com uma arma na mão atirava dando cobertura aos demais. Vitor e Massumi observavam, procurando ficar fora da mira de algum bandido. Vitor ainda ouviu tiros fora do prédio e percebeu que os bandidos ainda tentavam escalar o muro, mas em desvantagem foram completamente dominados pela eficiente polícia.
Vitor olhou para trás e viu Josefina baleada com o corpo jogado em cima do pai e um bandido apontava-lhe a arma. Massumi já sem munição, mas com muita agilidade, jogou-se sobre o homem, tomando-lhe a arma e com a mesma estourando seus miolos, era mais um famigerado bandido a visitar o demônio.
A luta parecia ter chegado ao fim. No entanto, surgiu na frente de Vitor o chefe da quadrilha. Mandou que Vitor jogasse a arma no chão. Ele jogou e o criminoso apontando-lhe a arma na nuca, ordenou: Mande sua gente largar as armas. De repente o bandido deixou a arma cair e, em sua testa apareceu um fio de sangue. Suas pernas dobraram, ele tombou e seguiu em direção ao inferno. O delegado havia mirado em sua cabeça e num breve movimento do bandido o homem da lei atirou e o criminoso despediu-se desse mundo. Os tiros cessaram e num silêncio de cemitério alguém gritou o nome de Josefina:
─ Josefina, aqui é o delegado Gimenez, está tudo sobre controle.
Vitor gritou dizendo:
─ Josefina está ferida.
Com ligeireza o delegado se apresentou com seus homens, dizendo:
─ Podem baixar as armas, os bandidos estão dominados, sou eu o delegado Gimenez da Interpol, e correndo se aproximou de Josefina. Ela sangrava, mas fora de perigo. Logo a ambulância chegaria com os primeiros socorros. Uma bala havia atingido o tórax do capitão González que apesar de sangrar não parecia tão grave, o petardo havia atingido de raspão sem perfurar seu corpo. A luta tinha um saldo de onze mortos, e dezesseis feridos e vinte presos, havia sido uma batalha sangrenta com três policiais feridos, dois civis do grupo de Vitor e infelizmente um homem da lei havia passado dessa para outra.
─ Grato por ter salvado minha vida, disse Vitor.
─ Eu é que lhe devo muita gratidão, proteger a vida dos cidadãos é meu dever, respondeu o delegado e completou dizendo:
─ Eu caçava essa quadrilha havia cinco anos ininterruptos. Eles eram muito espertos e perversos. Tinham ramificações em muitos países, inclusive no Brasil e Argentina onde até políticos influentes lhes davam cobertura. Foi uma grande derrota para o crime organizado, e será maior ainda quando eles me passarem as informações que precisamos para dar-lhes o golpe final. Agora posso mandar um recado para seus patrões lá na Florida, disse o delegado.
 Os feridos do grupo de Vitor foram conduzidos ao hospital e depois das formalidades legais, liberados. Os bandidos recolhidos ao presídio e hospitais da região. Vitor e seus companheiros, depois de medicados voltaram ao hotel, com exceção de Gonzales que permaneceu em observação médica, sendo liberado no dia seguinte.
O relógio marcava vinte horas e apesar de Vitor haver telefonado dizendo que explicaria tudo quando chegasse ao hotel, Laura estava furiosa, porém depois dos esclarecimentos ela entendeu. No dia seguinte receberam a visita do delegado, que acompanhado por Josefina e seu pai, pareciam outras pessoas; ela com mais desenvoltura e ele com um porte mais altivo. Foram apresentados pelo delegado que se dirigindo a  Vitor, disse:
─ Quero apresentar os agentes da Interpol, senhorita Josefina Pastor Herrera e o senhor Antonio Enrique Herrera, sendo que ambos trabalham como agentes infiltrados, Antonio é realmente um professor, mas antes de tudo é um policial da melhor estirpe. Josefina é professora na universidade, mas é também uma excelente policial amante desse país. O senhor deve estar estranhando como as coisas aconteceram, sei inclusive que as férias de vocês tornaram-se uma aventura muito perigosa. Para desbaratarmos essa organização foi necessário usar indevidamente o senhor e seus companheiros como isca para podermos prender esses criminosos inimigos de Cuba e Colômbia, com raízes profundas nos Estados Unidos. Pedimos-lhes muitíssimas desculpas por tudo que aconteceu.
Nós sabíamos que retirando de Cuba o professor Antonio Enrique eles naturalmente seguiriam seus passos em busca de sequestrá-lo em virtude de termos plantado uma falsa notícia que Enrique fora abandonado pelo governo de seu país e possuía  informações importantíssimas sobre a segurança nacional tanto de Cuba quanto da Colômbia. Essas informações  valeriam muitos mil dólares no mercado negro, todavia eles engoliram a isca, e agora estão presos. Falta prender a cúpula da organização, o que se dará em breve, tarefa que caberá a Policia Federal do Brasil, auxiliada pelo FBI americano.
O agente Antonio Enrique estava sendo protegido por agentes da Interpol, serviço secreto de Cuba, Colômbia e naturalmente por vocês que também estavam sendo guarnecidos nesta grande operação. Participaram dessa missão nada menos do que trinta agentes, quatro aeronaves e dois navios, sendo um submarino que do mar a tudo monitorava. 
Foi  difícil pegá-los porque eles têm ligações com a banda podre da política e das polícias. Novamente peço-lhes desculpas em nome das autoridades dos nossos países e quero dizer-lhes que o senhor e seus companheiros prestaram um grande serviço ao povo. O Caranguejo e sua tripulação ficarão permanentemente nos registros da Interpol no mundo inteiro, como grandes amigos e, sempre terão a nossa proteção. Também enviaremos um delegado especial para pessoalmente agradecer o auxílio da Sra. Raquel sua ex-esposa, sem ela essa operação não teria acontecido, concluiu o competente delegado.
─ Vamos pedir para ele prender o Chevalier, disse Garcia.
─ Um fenômeno daqueles não surge duas vezes, respondeu Massumi.
─ Certamente ele está rindo de nossas caras, disse Vitor.
─ O delegado ainda proferiu algumas palavras, dizendo:
O Caranguejo foi monitorado via satélite e seguido mesmo em águas internacionais por barcos da marinha dos nossos países. Aqui mesmo na Colômbia o Caranguejo foi protegido por agentes disfarçados. Hoje mandamos fazer uma varredura nele afastando qualquer possibilidade de sabotagem. Ele está abastecido, livre e em boas condições para prosseguir viagem com toda segurança e, nós nos colocamos ao inteiro dispor dos senhores. No entanto, precisamos entender porque o barco ficou alguns dias fora do nosso controle concluiu.
─ São mistérios do mar, disse Vitor.
─ Não entendi.
─ Esqueça delegado, um dia quando você velejar vai entender.
─ Sim, compreendi, respondeu o homem da Lei.
─ Meu respeitável delegado como o senhor soube que havíamos sido sequestrados? Perguntou Vitor.
─ Nós somos bem-informados, respondeu o homem da lei.
Vitor tinha no rosto alguns hematomas de socos desferidos por bandidos. De Josefina Vitor recebeu um respeitoso beijo e uma minúscula medalha com a insígnia da polícia internacional. Agora a tripulação do Caranguejo estava livre para voltar ao mar, mas será que o mar não teria mais alguma surpresa com seus infinitos mistérios? Só velejando pelo mar das Caraíbas eles descobririam.



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