segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A canoa Fez Água

A canoa fez água
Visitar lugares e lembrar-se de vivências passadas às vezes pode ser doído, mas geralmente  traz boas alegrias. Quando o visitante não encontra no local uma pessoa para comentar, fica sozinho  a sonhar, se alegrar e até sofrer quando as lembranças trazem alguma dor. Gosto de fazer incursões pela cidade de Manaus e ontem visitei Educandos, Baixa da Égua e Panair, pané como muitos conhecem. Na orla do Educados estacionei o carro e fiquei observando o movimento das águas e o navegar das embarcações nas águas escuras do impetuoso Rio Negro. Também pensando como será maravilhoso,  um dia as autoridades construírem uma ponte ligando Manaus ao município do Castanho, e sobre o encontro do Negro com o Solimões, um mirante bem estruturado com estacionamento e restaurantes. Certamente será uma forma de incentivar o turismo tão minguado numa cidade importante como Manaus, construída no meio da selva banhada pelos maiores rios do mundo.
Meus pensamentos traziam ideias fantásticas para minha mente quando me lembrei de uma história que o amigo, Mestre Lucas me contou quando ali estivemos bem próximo do dia em que Deus o levou para o céu. Então, um primo de Mestre Lucas; rapaz forte e bom nadador, recém-chegado do interior planejou ir à cidade de Iranduba e, por teimosia quis atravessar o Rio Negro em uma canoa. Por Lucas foi aconselhado a desistir da ideia, mas sendo teimoso não ouviu os conselhos do primo e empreendeu sua excursão sem pensar nas consequências que poderiam advir segundo Mestre Lucas não foram boas. Seu nome era Porunga. (bonito)
Era outubro, sol quente com uma elevada temperatura, Purunga remava com altivez, aos quarenta minutos de peleja sacou fora a camisa e a calça, precisava sentir algum frescor no seu corpo quente e queimado pelo sol abrasador. Cansado, sentindo ardor nas mãos e com o corpo doido pelas queimaduras, não havia chegado nem próximo do meio do rio.  Algumas embarcações passavam sinalizando alguma coisa e Purunga pensava serem aplausos pela grande bravura, mas os que passavam chamavam sua atenção para um visível buraco na canoa. Purunga percebeu, mas já era tarde, a canoa estava prestes a ir ao fundo e ele pensou que nadando sem a calça seria melhor e ficou apenas de cueca.
A canoa afundou e Purunga ao pular n’água também perdeu a cueca. Nadou alguns metros, sendo socorrido por uma patrulha da Policia fluvial que o prendeu por atentado ao pudor. Em seguida Purunga, e agora também pelado foi conduzido ao distrito e autuado na forma da Lei, E pagando fiança foi solto.


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