Na distante
terra da exuberante Amazônia
Na
imensidão da majestosa floresta
Onde o
homem branco nem sonhou pisar
Em plena
harmonia com a natureza
Mora o
casal mais belo que já existiu
Inajé e
Avasy da tribo dos cajurás
Inajé tem o
porte de um deus da beleza
Avasy a
beleza que o escultor sonha criar
Moram num
Tapiri à margem do Igapó
Aonde a
água mima os peixinhos
Que na
claríssima correnteza passeiam
Vivendo do
jeito que a natureza criou
Lugar aonde
a roupa ainda não chegou
Entre
campinas, corredeiras e florestas
Numa pura e
sublime felicidade
Cenário enfeitado
pelas cores da natureza
Destacado
entre moradas de passarinhos
E bichinhos
simpáticos das matas
O Sauim,
alvas garças e as borboletas azuis.
Das manhãs
alegres e ensolaradas
Surgem as sonhadas
esperanças
De ver a
suave e mansa tarde chegar
Embelezada pelo
belo cantar ritmado
Dos tucanos,
bem-te-vis, maitacas e sabiás,
Anunciando
a meiga noite se apresentar
O Sol se
despede com seus raios dourados
Quando Inajé
e Avasy se recolem ao tapiri
Para em
festa contemplar, à noite, o luar e as estrelas
Quando
mansa e meiga chega à noite enluarada
Juntinhos
dormem se acarinhando numa rede de tuíra
Sonhando com
as belezas e perigos do dia
Admirando as flores,roseiras, sororocais e palmeirais
Fugindo da
onça pintada, montados num jacaré-açu
Onde em
ritual de amor esperam o amanhecer chegar
Admirados, ouvem
o melodioso cantar do Uirapuru
Ao romper
da aurora Inajé vai o almoço pescar
Tucunaré, jaraqui e tambaqui sem mais nada
faltar.
E tudo a recomeçar.
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