terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Vida Mansa



Na distante terra da exuberante Amazônia
Na imensidão da majestosa floresta
Onde o homem branco nem sonhou pisar
Em plena harmonia com a natureza
Mora o casal mais belo que já existiu
Inajé e Avasy da tribo dos cajurás
Inajé tem o porte de um deus da beleza
Avasy a beleza que o escultor sonha criar
Moram num Tapiri à margem do Igapó
Aonde a água mima os peixinhos
Que na claríssima correnteza passeiam
Vivendo do jeito que a natureza criou
Lugar aonde a roupa ainda não chegou
Entre campinas, corredeiras e florestas
Numa pura e sublime felicidade
Cenário   enfeitado pelas cores da natureza
Destacado entre moradas de passarinhos
E bichinhos simpáticos das matas
O Sauim, alvas garças e as borboletas azuis.
Das manhãs alegres e ensolaradas
Surgem as sonhadas esperanças
De ver a suave e mansa tarde chegar
Embelezada pelo belo cantar ritmado
Dos tucanos, bem-te-vis, maitacas e sabiás,
Anunciando a meiga noite se apresentar
O Sol se despede com seus raios dourados
Quando Inajé e Avasy se recolem ao tapiri
Para em festa contemplar, à noite, o luar e as estrelas
Quando mansa e meiga chega à noite enluarada
Juntinhos dormem se acarinhando numa rede de tuíra
Sonhando com as belezas e perigos do dia
Admirando as  flores,roseiras, sororocais e palmeirais
Fugindo da onça pintada, montados num jacaré-açu
Onde em ritual de amor esperam o amanhecer chegar
Admirados, ouvem o melodioso cantar do Uirapuru
Ao romper da aurora Inajé vai o almoço pescar
 Tucunaré, jaraqui e tambaqui sem mais nada faltar.
 E tudo a recomeçar.

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